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História do Centro Espírita Estrela da Paz

Principais Destaques:



Na noite de 17 de outubro de 1949, na Rua Itaqueri número 185, no Bairro da Água Rasa, São Paulo – Capital, um grupo de amigos se reunia na casa da família de Domingos Verni para ouvir deste a vontade de fundar uma Sociedade Espírita que viria ao longo dos anos levar a mensagem do Cristo enriquecida na valiosa colaboração do nosso irmão Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, a qual passaria a ser a coluna central de todos os trabalhos realizados por esta Sociedade. As instalações seriam modestas, um comodo (4,00 m x 10 m) da casa serviria como sede primeira da Sociedade. Então com a presença dos irmãos Domingos Verni, Maria Napoleão Verni, Ignácio Duarte, Luiz Verni, Watelcides Alvarenga, Venâncio Ferraz, José J. dos Santos, Antonio Ferreira de Almeida, Amélia Verni, Paulo Martinez, Armando Pupo de Moraes, José Bueno e João Riquena fundaram o Centro Espírita Estrela da Paz.

Os anos foram se passando, e aquele grupo de amigos, agora juntos dentro do Centro Espírita Estrela da Paz, iniciava uma trajetória de trabalho e caridade ao próximo até os dias de hoje.

No ano de 1951 o Centro Espírita Estrela da Paz, sofre a perda do irmão fundador Domingos Verni, que retornava a Pátria Espiritual, após ter realizado o sonho de fundar uma Sociedade Espírita com os objetivos traçados por Allan Kardec, porém o trabalho não parou e em 1954 os sócios conseguem realizar mais uma sonho que seria a instalação do Centro Espírita em sede própria, localizada à Rua Tecla, número 95, Vila Formosa, São Paulo – Capital, a qual existe até os dias de hoje.

Este local foi cedido inicialmente pela irmã presidente Amélia Verni, que mais tarde ( 2 de agosto de 1962) viria a passar a escritura definitiva em nome do Centro Espírita estrela da Paz. No início a construção foi modesta, pois havia poucos rescursos financeiros e a mão de obra para levantamento das instalações funcionava no sitema de mutirão, sempre nos finais de semana.
Em julho de 1958 a diretoria do Centro Espírita Estrela da Paz, resolve unir-se a USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, laços de trabalho e aprendizado, através dos anos viriam fortalecer a entidade e trazer conhecimentos doutrinários e administrativos para dentro da Instituição.

No dia 05 de fevereiro de 1960 o Centro recebia a visita do Departamento de Assistência Social da UDE 17ª Zona – Tatuapé, composta pelos irmãos: Benedito dos Santos, Maria Cintra, Maria Estela, Alcibiades Rutieri e Romualdo Giovanini.

No mês de maio de 1960 a Diretoria suspende os trabalhos públicos para prestigiar a 1ª Semana Espírita da UDE 17ª Zona-Tatuapé entre os dias 23 a 29 de maio.

No ano de 1962 além das comemorações do 13º aniversário de fundação do Centro Espírita Estrela da Paz comemorava-se também o 1º aniversário da Juventude Espírita Estrela da Paz (grupo de jovens que se reunia aos domingos).

Os diretores suspendem as reuniões públicas entre os dias 17 a 23 de outrobro, para prestigiar e participar da 2ª Semana Espírita da UDE 17ª Zona – Tatuapé.

No ano de 1964 a então presidente Amélia Verni, cria a Escola Musical do Centro Espírita Estrela da Paz, tendo como professor o senhor Eurico do Araujo, onde frequentavam cerca de 30 alunos em sua maioria vindos da Juventude Espírita Estrela da Paz, que tinham como objetivo criar um Coral.

Ainda no ano de 1964 verificou-se a movimentação da diretoria em dar continuidade as obras para ampliação da sede social, neste ano o irmão Domingos Verni Filho apresenta projeto das futuras instalações, o irmão Francisco Saverio Galatti apresentou um orçamento do material de construção e o irmão João Pedro Gevenes sugeriu a criação do livro do sócio Benemérito, com a contribuição e 20 parcelas em dinheiro, estes projetos foram aprovados pela Diretoria.

Em fevereiro de 1965 retorna a Pátria Espiritual o irmão João Hiebra, aos 38 anos de idade, deixando esposa e quatro filhos, recebendo as vibrações e preces dos diretores e simpatizantes por seus serviços prestados a esta Sociedade Espírita enquanto Conselheiro Fiscal e por várias vezes Vice Presidente da juventude Espírita Estrela da Paz.

Em 1965 o irmão Domingos Verni Filho, propõe à diretoria dar início ao projeto da nova sede social do Centro Espírita Estrela da Paz, sugestão que foi aprovada, tendo início novamente todo o trabalho para levantamento de material para a construção e campanhas visando obter dinheiro para aquisição de material necessário. Durante este período o Centro Espírita continuou com suas atividades doutrinárias e sociais.

A irmã Amélia Verni, demonstrando mais uma vez visão em administrar cria a escala de reuniões públicas e doutrinárias contendo vários coordenadores (uma para cada trabalho) e expositores convidados.

Em julho de 1965 é fundada a UDE 14ª Zona – Vila Formosa, sendo sua primeira Diretoria composta por: Presidentes – Luiz de Paula e Amélia Verni; Secretários – Paschoal Delena e Domingos Verni Filho; Tesoureiros – Sebastião V. dos Santos e David Napoleão Verni; Diretora de Doutrina – Magdalena Verna.
Em dezembro de 1965 a diretoria assenta a pedra fundamental para a nova sede social, com a presença de sócios e personalidades do movimento espírita da época.

O Espiritismo

ALLAN KARDEC

Muitas pessoas que se interessam pelo Espiritismo manifestam muitas vezes o pesar de não possuírem senão muito imperfeito conhecimento da biografia de Allan Kardec, e de não saberem onde encontrar, sobre aquele a quem chamamos Mestre, as informações que desejariam conhecer. Pois é para honrar Allan Kardec e festejar a sua memória que nos achamos hoje reunidos, e mesmo sentimento de veneração e de reconhecimento faz vibrar todos os corações.
Em respeito ao fundador da filosofia espírita, permiti-me, no intuito de tentar corresponder a tão legítimo desejo, que vos entretenha alguns momentos com esse Mestre amado, cujos trabalhos são universalmente conhecidos e apreciados, e cuja vida íntima e laboriosa existência são apenas conjeturadas. Se fácil foi a todos os investigadores conscienciosos inteirarem-se do alto valor e do grande alcance da obra de Allan Kardec pela leitura atenta das suas produções, bem poucos puderam, pela ausência até hoje de elementos para isso, penetrar na vida do homem íntimo e seguí-lo passo a passo no desempenho da sua tarefa, tão grande, tão gloriosa e tão bem preenchida.
Não somente a biografia de Allan Kardec é pouco conhecida, senão que ainda está por ser escrita. A inveja e o ciúme semearam sobre ela os mais evidentes erros, as mais grosseiras e as mais impudentes calúnias. Vou, portanto, esforçar-me por mostrar-vos, com luz mais verdadeira, o grande iniciador de quem nos desvanecemos de ser discípulos. Todos sabeis que a nossa cidade se pode honrar, a justo título, de ter visto nascer entre seus muros esse pensador tão arrojado quão metódico, esse filósofo sábio, clarividente e profundo, esse trabalhador obstinado cujo labor sacudiu o edifício religioso do Velho Mundo e preparou os novos fundamentos que deveriam servir de base à evolução e à renovação da nossa sociedade caduca, impelindo-a para um ideal mais são, mais elevado, para um adiantamento intelectual e moral seguros.
Foi, com efeito, em Lião, que, a 3 de outubro de 1804, nasceu de antiga família lionesa, com o nome de Rivail, aquele que devia mais tarde ilustrar o nome de Allan Kardec e conquistar para ele tantos títulos à nossa profunda simpatia, ao nosso filial reconhecimento. Eis aqui a esse respeito um documento positivo e oficial: “Aos 12 do vindemiário3 do ano XIII, auto do nascimento de Denizard Hippolyte-Léon Rivail, nascido ontem às 7 horas da noite, filho de Jean Baptiste – Antoine Rivail, magistrado, juiz, e Jeanne Duhamel, sua esposa, residentes em Lião, rua Sala n° 76. “O sexo da criança foi reconhecido como masculino. “Testemunhas maiores: “Syriaque-Frédéric Dittmar, diretor do estabelecimento das águas minerais da rua Sala, e Jean-François Targe, mesma rua Sala, à requisição do médico Pierre Radamel, rua Saint-Dominique n° 78. 3 Veja-se “Reformador” de abril de 1947, pág, 85.
(fonte: Federação Espírita Brasileira: http://www.febnet.org.br/)